Crônica: O Sapo ensacado

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Guilherme
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Foto: Isaac Carmo Cardozo

Por: Isaac Carmo Cardozo – Colunista

Em um dia normal de semana, depois de labutar e buscar meu filho na casa de sua “dinda Simone”, peguei o caminho de casa. Ao dobrar a esquina, visualizei uma sacola “saltitante”, olhei para as folhas das árvores e não havia vento suficiente para fazer a sacola voar, o que me aguçou a curiosidades em saber o que tinha dentro, fiquei acompanhando aquela sacola até parar no meio da rua, como moro em uma travessa, e o trânsito de veículo não é intenso, resolvi estacionar e acomodar o meu filho dentro de casa  e ver o que seria.   

Ao chegar perto desta sacola, ela se movimentava, sendo nítido que havia um animal ali dentro, “ensacado” fiquei acompanhando até parar no inicio da calçada do outro lado da rua. Com certo medo e receio por não saber o que seria, pequei um pedaço de galho, e comecei a rasgar a sacola, quando sai uma pata de um sapo, sabendo do que se tratava, rasguei a sacola e me salta um “sapo cururu”, que ficou parado me olhando e recuperando certamente o fôlego. Fiquei pensando que poderia ter feito isso? Embora um animal nem um pouco bonito, não é perigoso. Retornei para casa e peguei uma pá e uma vassoura e levei o animal para a esquina, em um terreno baldio grande, longe de seu algoz, que o aprisionou e o condenou a morte lentamente. Feito está ação, retornei para minha casa.

Tenho o costume de deixar o carro na frente da residência, colocando na garagem, antes de dormir, após realizar esta tarefa, ao entrar em casa, olho no canto, entre um vaso do jardim e a parede, estava meu mais novo amigo, o “sapo ensacado”, que estava timidamente escondido, como disfarçando para que não fosse descoberto e colocado na rua. Por tudo que passou o sapo cururu, teve força, para retornar e entrar por baixo do portão, justamente na casa de quem lhe libertou, pois poderia ter escolhido outras de nossa rua, mas veio para a minha. Não me importei com sua presença, alimento ele teria a vontade (insetos e formigas) no jardim, meus cachorros não iriam lhe importunar, pois ficam na parte dos fundos da casa.  Não iria trazer transtornos a sua presença.

Meu amigo tem sido um hospede comportado e discreto, que encontrou segurança naquele que lhe libertou da sacola, deixando viver. Não sei quanto tempo ele vai permanecer no jardim, mas pareceu  “bom e seguro”para meu mais novo amigo ficar perto daquele que lhe salvou, demonstrando gratidão por meu ato.  Me senti importante, nem que seja para um sapo.

Isaac Carmo Cardozo – Colunista
Isaac Carmo Cardozo é 1°Sargento da Brigada Militar, Bacharel em Direito pela Unilassale/Canoas, Especialista em Gestão Pública pela UFSM/Santa Maria e Mestre em Políticas Públicas pela Unipampa/São Borja. Escreveu o livro: Monitoramento de Políticas Públicas de Segurança – O Programa de Resistência às drogas e a violência (Proerd) no Município de São Borja. Tradicionalista, é Coordenador da Invernada Especial do Centro Nativista Boitatá. Historiad

 

 

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