Com a proximidade das eleições de 2026, São Borja se prepara para um cenário político de forte disputa entre duas figuras conhecidas da cidade: Eduardo Bonotto (Progressistas) e Tiago Cadó (PDT). Ambos devem concorrer a uma vaga na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, colocando em lados opostos dois projetos políticos que nasceram na cidade, mas ganharam força na região da Fronteira-Oeste.
Bonotto: ex-prefeito, ex-presidente da Famurs e atual comandante do IRGA
Eduardo Bonotto, ex-prefeito por dois mandatos consecutivos, teve sua gestão reconhecida pela representatividade conquistada ao longo dos anos. Além de presidir a Amfro, assumiu em 2021 a presidência da Famurs, entidade que representa os 497 municípios gaúchos. Atualmente, Bonotto é presidente do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), cargo que ocupa desde abril de 2025.
Fontes ligadas ao Progressistas ouvidas pelo SB News afirmam que, embora parte de sua base defendesse uma candidatura a deputado federal, o partido pretende lançá-lo ao cargo de deputado estadual. O objetivo seria fortalecer a representação regional na Assembleia Legislativa com um nome já consolidado em todo o estado.
Cadó: jovem em ascensão que já ocupa cadeira no Legislativo
Tiago Cadó, advogado e professor, iniciou sua trajetória como vereador, sendo o mais votado em 2012 e reeleito em 2020. Em 2024, foi candidato a prefeito de São Borja, ficando em segundo lugar com expressiva votação. Com mais de 20 mil votos em 2022, Cadó assumiu em maio de 2025 uma cadeira na Assembleia Legislativa, após Eduardo Loureiro deixar o cargo para assumir a Secretaria Estadual da Cultura.
No Legislativo, Cadó tem apostado em pautas voltadas à educação, inovação e desenvolvimento regional. Jovem e articulado, ele já é nome certo na corrida eleitoral pelo PDT em 2026.
Divisão preocupa lideranças e população
Nos bastidores da política são-borjense, a disputa entre dois candidatos locais gera apreensão. Há quem defenda que a divisão de votos possa enfraquecer o potencial eleitoral da cidade e abrir espaço para candidaturas de fora. “Se dividirmos os votos demais, corremos o risco de não eleger ninguém”, comentou um comerciante ouvido pela reportagem.
Além de Bonotto e Cadó, o município também deve ver a atuação de outros deputados concorrentes que contarão com apoio de lideranças locais. Vereadores que nas últimas eleições ajudaram a eleger parlamentares de fora, agora avaliam se mantêm essas alianças ou se aderem a um dos nomes da casa. A decisão de cada grupo político pode influenciar diretamente nos rumos da eleição na Fronteira-Oeste.
Fonte: Site Sb News
