Uma operação da Polícia Civil cumpre, na manhã desta quinta-feira (4), 16 mandados de prisão em Passo Fundo. A ofensiva apura golpes praticados por empresas de consórcio. Até o momento, sete pessoas foram presas.
Entre os alvos dos mandados estão três policiais militares. Segundo a investigação, os brigadianos suspeitos faziam a segurança do envio de malotes quando estavam a paisana.
O esquema funcionava a partir da oferta de cartas de crédito rural às vítimas, que realizavam depósitos em contas determinadas pela quadrilha. Os consórcios, porém, nunca eram entregues e as vítimas nunca reaviam os valores ou mesmo a suposta carta contemplada.
Os golpes eram aplicados há quase uma década, com ramificações pelo RS, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso, Amazonas e Minas Gerais. As vítimas incluem produtores rurais, empresários, autônomos e pessoas em situação de extremo sofrimento econômico, muitas delas atingidos por eventos climáticos recentes, como a enchente de 2024.
A polícia estima um prejuízo de R$ 30 milhões contra as vítimas, moradoras do RS e de outros Estados brasileiros. Durante a ação, a polícia apreendeu 40 carros de luxo com valor estimado em R$ 15 milhões, além de pedir o bloqueio de imóveis e criptomoedas no valor de R$ 170 milhões.
Operação Consortium II
A ação desta quinta-feira é a segunda fase da Operação Consortium, que teve início na cidade de São Francisco de Assis, na Fronteira Oeste, a partir da denúncia de quatro vítimas que relataram adquirir consórcios supostamente contemplados de uma mulher de Passo Fundo.
Em outubro, a primeira etapa da ação prendeu cinco pessoas e cumpriu seis mandados de buscas e apreensão em diversos endereços do município, com recolhimento de aparelhos celulares, um veículo Volvo, bolsas de luxo, aparelhos eletrônicos, R$ 41 mil em espécie e uma pistola bersa calibre 380.
A Polícia Civil também pediu o bloqueio de mais de R$ 2,8 milhões, além do sequestro de veículos do grupo criminoso.
Fonte: GZH
















