Publicitário preso por deixar mala com parte de corpo na rodoviária de Porto Alegre matou e concretou a mãe em armário de apartamento em 2015

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Foto: Ronaldo Bernardi / Agencia RBS

homem que deixou uma mala na rodoviária de Porto Alegre com parte do corpo de uma mulher foi condenado em 2018 por matar a mãe e concretar o corpo dela dentro de um armário em um apartamento no bairro Mont’Serrat. A idosa tinha 76 anos e levou 13 facadas em 2015. O publicitário Ricardo Jardim, 66 anos, foi preso preventivamente na quinta-feira (4) e comentou no momento da prisão aos policiais do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) que desmembrou o corpo e fez o descarte de partes. Condenado a 28 anos de prisão pela morte da mãe, o homem havia progredido para o regime semiaberto no ano passado.

A prisão ocorreu em uma pousada no bairro São João. Ele disse à polícia que a vítima era namorada dele e deu o nome dela. No momento em que foi abordado, ele estava com o celular da mulher. A família não teria dado falta dela porque ele usava o telefone se fazendo passar pela mulher. Por isso, o sumiço não está registrado. A polícia ainda procura o crânio da vítima. A identificação dela por impressão digital não foi possível porque os dedos foram cortados.

Agora, a identidade oficial será buscada por meio de outros exames periciais. A polícia apura se o homem preso cometeu o homicídio, qual a motivação do crime e se Jardim agiu sozinho, já que os cortes feitos para desmembrar o cadáver demandariam habilidade nesse tipo de ação.

A partir de imagens do suspeito, captada por câmeras de segurança da rodoviária, os agentes começaram a decifrar quem era o homem que entregou a mala no guarda-volumes usando boné, máscara cirúrgica e luvas, em 20 de agosto. Assim que uma testemunha lembrou de ter visto o suspeito saindo do local e a direção que ele tomou, a polícia passou a traçar possíveis rotas e a esmiuçar imagens de câmeras de segurança nas ruas da Capital.

— A investigação foi um trabalho feito à moda antiga, de muita caminhada na rua, fotos nas mãos e conversa com as pessoas, além de modernas técnicas de apuração. Foi um trabalho de dias ininterruptos — explica o delegado Mario Souza, diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Na quarta-feira (3), os policiais encontraram imagens de Jardim entrando em um estabelecimento comercial na Avenida São Pedro, na Zona Norte, depois de ter deixado a mala com parte do corpo na Rodoviária. Após tirar a máscara e comprar bebida alcóolica, dirigiu-se a uma pousada na região. Ao averiguar o local, os agentes apuraram que o homem morou na pousada por um período e teria deixado o estabelecimento levando uma mala justamente na manhã daquele mesmo dia. A partir do nome registrado, nova etapa das buscas teve início.

Reprodução / Reprodução
Ricardo Jardim chega para fazer compras em um supermercado no mesmo dia em que deixou a mala na rodoviária.Reprodução / Reprodução

Jardim não resistiu à prisão e conversou educadamente com os agentes. Os policiais apuraram que ele, usando inteligência artificial, criava perfis falsos em redes sociais para atrair mulheres para se relacionar com ele. 

O Instituto-Geral de Perícias (IGP) confirmou, na mesma quarta, que o tórax encontrado na rodoviária e as outras partes de um corpo (membros inferiores e superiores) achados em 13 de agosto, no bairro Santo Antônio, pertenciam a mesma pessoa, uma mulher, com idade acima de 45 anos. Para subsidiar o pedido de prisão preventiva, a polícia usou mais uma informação obtida pela perícia: o DNA encontrado em partes do corpo e na mala coincide com o do suspeito.

Ronaldo Bernardi / Agencia RBS
Coletiva das forças de segurança para explicar como chegaram ao suspeito.Ronaldo Bernardi / Agencia RBS

O homem para quem a mala foi destinada já prestou depoimento. Ele não teria qualquer relação com o suspeito, conforme informação divulgada pela polícia.

Condenado a 28 anos de prisão por matar a mãe

Vilma Jardim, 76 anos, teve o corpo encontrado dentro de um armáriocom a porta concretada, em seu apartamento, no bairro Mont’Serrat, em 2015. A apuração indicou que o móvel havia sido feito sob medida. A busca no apartamento foi feita depois de familiares darem falta da idosa. Ela sumiu em 10 de maio, Dia das Mães.

Parentes desconfiavam da conduta de Jardim, que estava desempregado e começou a aparecer com bens. O publicitário foi preso em casa com uma arma e passaporte. Inicialmente, o criminoso teria confessado o crime à Polícia Civil. Depois, ao longo do processo, teria se negado a falar. Diante dos jurados, em 2018, sustentou que a mãe havia cometido suicídio com facadas, após uma discussão entre os dois. A perícia indicou que a idosa recebeu 13 golpes, a maior parte na região do pescoço e na cabeça.

Bruna Faraco / Divulgação/TJ-RS
Em depoimento, réu negou a autoria do crime.Bruna Faraco / Divulgação/TJ-RS

Para o Ministério Público, Jardim matou a mãe para ficar com R$ 400 mil de um seguro de vida do pai, que morrera em dezembro de 2014. Ele foi condenado por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e meio cruel), ocultação de cadáver e posse de arma.
No passado, ele progrediu para o regime semiaberto.

Contraponto

Zero Hora tenta contato com a defesa de Ricardo Jardim. O espaço está aberto para manifestação.

Fonte: GZH 

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