O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) se manifestou sobre a interdição ética imposta pelo Cremers ao ensino de Medicina da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) no Hospital Universitário de Canoas. Em nota, o sindicato afirmou receber a decisão com atenção e seriedade, reforçando sua defesa histórica por uma formação médica de qualidade e contrária à abertura indiscriminada de novas vagas e faculdades. Diante da situação, o Simers anunciou uma série de ações para apurar responsabilidades e garantir a segurança de médicos, estudantes e pacientes.
Entre as medidas anunciadas estão uma ação judicial para que a Ulbra comprove as condições legais para fornecer aulas práticas, além de uma ação trabalhista coletiva que visa desobrigar médicos de atividades de ensino no hospital até que as irregularidades sejam sanadas. O Simers também irá solicitar ao Ministério da Educação uma fiscalização imediata na faculdade, além de comunicar o Ministério Público Estadual e notificar o Procon-RS para verificar os direitos dos estudantes afetados.
Outras iniciativas incluem o pedido de acesso aos campos de prática por diretores do sindicato, a instalação de uma Comissão Especial contra a abertura de novas escolas de Medicina e o oferecimento de apoio jurídico aos alunos por meio do Núcleo Acadêmico do Simers (NAS). “O assunto é extremamente delicado e exige um posicionamento rápido de todos os entes envolvidos”, destacou a entidade, reafirmando seu compromisso com a ética médica e a formação digna dos futuros profissionais da saúde.